Devocional dos alunos da Escola de Liderança da AMME para Adolescentes e Jovens. Esse devocional deve ser feito no dia 8 de dezembro. Leia o texto, medite sobre as perguntas no final e ore. (14 minutos de leitura)
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Quantas vozes há hoje no meio da Igreja! Há pregações de todo o tipo, que apontam para as mais diversas direções. Há igrejas para todos os gostos, e as pessoas não demoram em escolher aquela que mais lhes agrada. O que Deus pensa dessa Babel? Há uns que pregam com tanta propriedade que fazem todos os outros parecerem menos bíblicos. Há aqueles que realizam milagres tão verídicos que não deixam espaço para questionamento. Se há propostas tão divergentes, como estariam todas certas? Quais estariam erradas então, e como identificá-las se o certo e o errado parecem tão próximos? Nossos dias são os dos lobos disfarçados de ovelhas! Mal e bem se confundem, e andar pelo caminho correto exige mais discernimento. O texto que vamos examinar trata deste tema e nos orienta sobre como evitar tantos falsos profetas, disfarçados e mal-intencionados.
A Palavra de Deus: Mateus 7:15-23
15 “Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores. 16 Vocês os reconhecerão por seus frutos. Pode alguém colher uvas de um espinheiro ou figos de ervas daninhas? 17 Semelhantemente, toda árvore boa dá frutos bons, mas a árvore ruim dá frutos ruins. 18 A árvore boa não pode dar frutos ruins, nem a árvore ruim pode dar frutos bons. 19 Toda árvore que não produz bons frutos é cortada e lançada ao fogo. 20 Assim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão!
21 “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. 22 Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?’ 23 Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!
[V] Aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’
Mateus relatou vários ensinos de Jesus no Sermão do Monte, o primeiro dos cinco blocos doutrinários de seu Evangelho. Nesse contexto, toda a Palavra de Deus é resumida em um versículo: “Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas” Mt 7:12. Para pôr esse princípio em prática é preciso esforço. É uma porta estreita e depois é um caminho apertado (Mt 7:13,14). A maioria entra pela porta larga e há falsos profetas indicando o caminho errado.
O termo traduzido como “Cuidado”, na primeira linha do texto, é literalmente ‘ter à frente’, manter como alvo ou referência. É um apelo para prestar constante atenção e isto é necessário porque os pseudoprofetas se apresentam como se fossem parte do rebanho. Como os crentes, eles parecem estar sob o senhorio de Cristo, pregam, em nome de Jesus, até expulsam demônios e fazem milagres, mas sua verdadeira natureza é a de lobos devoradores: extorquem, roubam, assaltam.
- Porque Jesus exortou os ouvintes a manterem constante atenção aos falsos profetas? 15 “Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores. Jesus descreveu os falsos profetas como “lobos devoradores”. Este adjetivo é o gr. harpax, derivado do verbo gr. harpazó, significando apoderar-se à força, secreta ou abertamente; pilhar; roubar; arrebatar, de repente e de forma decisiva. “15Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês…” deixa claro que é dos ouvintes que esses lobos roubam. E o que é que roubam? Pelo contexto, os falsos profetas roubam a vida, impedindo que as pessoas encontrem a porta estreita e andem pelo caminho apertado (Mt 7:13,14). É preciso entender ‘vida’ dentro do amplo contexto da revelação do Evangelho. Inicialmente é vida no sentido judaico de viver em paz, hb. shalom, e gradativamente se torna a vida eterna pela Graça. Aqui, vida também é representada pelo Reino dos Céus (v 21) e por se estar ao lado de Jesus (v 23). O que determina o acesso a esta vida, ao Reino dos Céus, é fazer a vontade do Pai. A figura dos falsos profetas como lobos posiciona os ouvintes como ovelhas e como rebanho. Fica claro que, para alguém que ande por um caminho onde há feras traiçoeiras assim, a única maneira de evitar ser vencido é estar em permanente atenção.
- O que as árvores ensinam sobre os falsos profetas e a atenção contínua a eles? 16 Vocês os reconhecerão por seus frutos. Pode alguém colher uvas de um espinheiro ou figos de ervas daninhas? 17 Semelhantemente, toda árvore boa dá frutos bons, mas a árvore ruim dá frutos ruins. 18 A árvore boa não pode dar frutos ruins, nem a árvore ruim pode dar frutos bons. 19 Toda árvore que não produz bons frutos é cortada e lançada ao fogo. 20 Assim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão! Jesus apresenta três comparações com árvores frutíferas. Diferente do ensino no Sermão da Planície (Lc 6:43-45), aqui, estas comparações, embora semelhantes àquelas, referem-se especificamente aos falsos profetas. As três verdades estabelecidas são: a) os frutos dependem da natureza das árvores, portanto é inevitável que em um falso profeta apareças maus frutos; a falta de bons frutos justifica desprezar uma árvore, portanto, não importa quanto um profeta faça (v. 21,22) ele deve ser desprezado; as árvores podem ser identificadas pelos seus frutos, assim, os falsos profetas, pelo que a atenção contínua requerida do rebanho deve se concentrar nos frutos. Nas três comparações, os frutos são importantes. Mais adiante veremos que esses frutos não são obras como aparente piedade, profecia, libertações e milagres. O fruto é ‘fazer a vontade do Pai’, o que nos remete ao ensino de Jesus nos capítulos 5 e 6 sobre a correta compreensão e interpretação das Escrituras e a perfeita liturgia.
- No contexto dos falsos profetas, o que determina a entrada no Reino dos céus? 21 “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Jesus aprofunda o tema falando de dois momentos: a entrada no Reino dos céus, e ‘aquele dia’, no versículo 22. Entrar no Reino dos céus depende de fazer desde agora a vontade do Pai. Portanto, mantém-se a ideia do ‘Reino que está aqui’. Vive-se no Reino quando se faz a vontade do Pai. Simplesmente chamar a Jesus de Senhor, gr. kurios, quem tem todo o direito de propriedade, não torna a pessoa um súdito, não a coloca sob o governo celestial. É preciso fazer a vontade do Pai, gr. theléma, termo que focaliza o resultado desejado, portanto, trata-se de alcançar o resultado que Deus quer e não apenas trabalhar no processo sem atingir o objetivo. Isso se reflete na relação de atividades que Jesus descreve nos versos seguintes. As atividades parecem ser aquelas de um verdadeiro profeta, mas são feitas sem alcançar o objetivo final da Vontade do Pai.
- Sabendo o que determina a entrada no Reino dos céus, porque os falsos profetas são excluídos dele? 22 Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?’ 23 Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal! Depois de advertir às ovelhas, ao falar sobre o juízo futuro, começando com “… naquele dia”, Jesus advertiu também os falsos profetas, desmascarando-os e revelando a inutilidade de seu trabalho. Aqueles que parecem estar sob o governo de Deus, dizendo ‘Senhor, Senhor’, e não estão, ‘naquele dia’, isto é, no dia em que forem julgados, serão afastados. O termo usado no original e traduzido aqui como “praticam o mal” é o gr. anomia, sem Lei. Portanto e literalmente, ‘esvaziem o meu lado vocês que trabalham sem Lei’. Isso nos remete ao contexto, a pôr em prática toda a Lei e os Profetas (Mt 7:12), entrar pela porta estreita e andar pelo caminho apertado que chegam à vida plena (vs. 13,14). Jesus não questiona que tais profetas efetivamente teriam proclamado a palavra de Jesus, expulsado demônios e realizado milagres (ex. curas). O que torna falsas essas obras é o fato de que são realizadas sem ‘lei’, isto é, não são feitas de modo a obedecer a vontade do Pai.
[O] Aquele que faz a vontade de meu Pai
Os falsos profetas são um problema real e isso exige constante atenção dos crentes. São falsos porque escondem a intenção de extorquir e roubar e porque produzem um fruto diferente do que prometem. Seu trabalho é impressionante: parecem submissos ao Senhor, pregam, em nome de Jesus expulsam demônios e fazem milagres. A falsidade não está em sua atividade, e isso os torna mais difíceis de desmascarar. A falsidade está em que eles trabalham sem lei, isto é, não fazem as coisas por causa da vontade do Pai. Seus motivos são outros.
- Motivação: Jesus foi motivado pela real existência de falsos profetas. Não há dúvidas, eles estão por aí e sua atividade destrutiva traz problemas concretos para o rebanho. É a presença maligna desses agentes e seu potencial destrutivo que impulsiona todas as intensas ações desse texto.
- Ação: descrever o caráter e a ação desses falsos profetas para tornar possível reconhece-los, mesmo quando se disfarçam tão bem, essa é a ação de Jesus. Usando várias figuras, Jesus quis instruir como identifica-los e falou, não somente de sua ação, mas também das consequências que eles sofrerão.
- Reação: a intenção de Jesus ao descrever tão cuidadosamente o caráter e a conduta dos falsos profetas que ficam à porta estreita tentando desviar as pessoas é que os crentes mantenham constante atenção. Ter sempre à frente esse tema é como andar por uma estrada atento para os obstáculos que surgem. É essa atenção constante e a capacidade de identificar os falsos profetas que podem evitar de o crente ser devorado.
[S] Então eu lhes direi claramente
O texto nos adverte a não nos impressionarmos com os falsos profetas e seu ministério. Somente entra no Reino dos Céus quem faz a vontade do Pai, e são os frutos, o resultado de nossas ações, que indicam se verdadeiramente estamos vivendo de acordo com a vontade do Pai. Este é o Evangelho do Reino. Nisso, é interessante notar que Jesus usou o plural em “15… Eles vêm a vocês…” e “16Vocês os reconhecerão…”. Tanto o ataque dos falsos profetas como a nossa defesa, identificando-os e nos afastando, acontecem coletivamente. Essa passagem não é sobre um crente apenas, mas sobre cada igreja.
- Diminuir: evitem ser enganados pelas aparências de quem deseja lhes roubar a vida. Os falsos profetas não parecem assim. Eles estão entre aqueles que consideramos os melhores pregadores, aqueles de teologia mais consistente, os que parecem ter maior intimidade com o Senhor e que realizam as obras mais admiráveis. As aparências enganam muito e esse é o maior perigo.
- Aumentar: fazer a vontade do Pai é o fruto que devemos encontrar nos verdadeiros profetas e em nós mesmos. A única maneira de vivermos sob o Reino dos céus e encontrarmos espaço ao lado do Senhor naquele dia é fazermos exatamente aquilo que o Pai quer. Para isso, a correta compreensão e interpretação das Escrituras, uma liturgia verdadeiramente piedosa e uma conduta irrepreensíveis são a porta estreita e o caminho difícil.
- Dividir: estejam atentos e ajudem uns aos outros a evitar os falsos profetas. Manter a constante atenção que Jesus instrui nesse texto exige esse cuidado coletivo. O rebanho deve agir coletivamente, as ovelhas devem aconselhar umas às outras, a procura pelo fruto de fazer a vontade de Deus deve ser feita em constante comunicação. Que vocês entrem juntos pela porta estreita e apoiem uns aos outros no caminho apertado.
- Multiplicar: Os falsos profetas são uma realidade. Não vamos nos livrar deles por enquanto. Isso sempre trará muitos prejuízos para a evangelização e o pastoreio. Nossa chance de equilibrar isso é haverem mais profetas verdadeiros. Que se veja o bom fruto de buscar a vontade do Pai em todos vocês. Que cada um seja profeta verdadeiro, assim ajudarão outros a alcançar a vida e a entrar no Reino dos céus.
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Escola de Liderança para Adolescentes e Jovens
De 6 a 20 de janeiro em Ibiúna – SP
Encontro de Apologia Bíblica para Jovens
De 2 a 5 de março em Campina Grande – PB
“Fica claro que, para alguém que ande por um caminho onde há feras traiçoeiras assim, a única maneira de evitar ser vencido é estar em permanente atenção.”
Poxa, essas devocionais tem ministrado muito ao meu coração. Tá sendo precioso poder meditar nesses textos e anota-los. O andar atentamente constantemente é de suma importância, e precisa ser relembrado todos os dias.
Essa é uma das partes que vai pro postiti de lembrete!
Baah, esse devocional foi hardcore. Deus falou cmg nesse devocional por que, há muitos falsos profetas, há muitos lobos disfarçados de ovelha e eu não quero me tornar um desses. Eu quero ser um líder irrepreensível , nos caminhos de Deus.
Esse devocional me chamou a atenção para tomar cuidado com falsos profetas, pude compreender que hoje em dia há falsos profetas que estão pregando, expulsando demônios e muitas outras coisas, porém fazem isso sem lei, então não produzem frutos agradáveis. Como solução nós devemos falar para as pessoas sobre o caminho estreito que é apertado mas tem uma recompensa grandiosa e não deixar que elas sejam enganadas por falsos profetas, porque os falsos profetas mesmo falando Senhor, Senhor não entrarão no céu.
É importante sabermos que é um fato que os falsos profetas estão por aí, mas nós também temos a responsabilidade de fazer a nossa parte, nós que temos a palavra da verdade temos que levar essa palavra para as pessoas, para que elas possam estar mais atentas a se afastar dos falsos profetas e a cumprir a vontade do Pai.